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Café Brasil 695 – Fake news, mentira e crime

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Luciano Pires -

Você já sabe que a Sika é a líder mundial em impermeabilização e que também faz uma promoção legal aqui no Café Brasil, não é? Você acessa sikabrasil.com.br/cafebrasil e deixa uma ideia para que eu faça um cartum. Se a sua sugestão for a escolhida você ganha imediatamente um fone sem fio exclusivo da Sika para ouvir podcasts. Mas também receberá um cartum original feito por mim. É a SIKA, eu e você em parceria!

E você ainda pode baixar um e-book sobre impermeabilização e tirar suas dúvidas. Que tal, hein?

Olha aqui, ó: só vale se você estiver seguindo a SIKA no Instagram, em @sika_brasil!

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Sika se escreve assim, ó: S.I.K.A: @sika_brasil.

Seguindo a série sobre influenciadores e manipuladores, no programa de hoje vou falar sobre como algumas pessoas estão manipulando o debate em torno das fake news para poder obter o que desejam: a proibição de que quem pensa diferente tenha liberdade para manifestar-se nas mídias sociais.

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires.

Posso entrar?

Veneno da mentira
Tião Carreiro
Pardinho

Sem saber de onde veio
Sem vontade de voltar
Mentira chegou no mundo
Antes de Cristo chegar
Hasteou sua bandeira
No ar, na terra e no mar
Correndo de boca em boca
Dia e noite sem parar
Atravessando fronteiras
E vai pra qualquer lugar

Olha só: é ao som de Veneno da mentira com os mestres Tião Carreiro e Pardinho que eu lembro que lá no Café Brasil 615, publicado em maio de 2018, eu definia fake news assim:

“Popularizado após a eleição de Trump, o termo fake news diz respeito a empresas jornalísticas, sites e blogs que publicam intencionalmente notícias falsas, imprecisas ou simplesmente manipuladas, com a intenção de ajudar ou combater algum alvo, normalmente político. Eles também copiam notícias verdadeiras de outros veículos, mas mudam as manchetes, alterando o sentido ou colocando algo sensacionalista para atrair leitores.”

Você prestou atenção, hein? “Empresas jornalísticas, sites e blogs”. Mas a definição vem de muito mais longe…

Em 1999, olha que curioso, eu criei algumas palestras, uma delas focada na questão da comunicação, onde eu apresentava várias formas de manipulação de notícias pela imprensa.

Um dos exemplos é bem interessante, apresenta um trecho de um artigo publicado na Gazeta Mercantil de abril de 1999. Diz assim ó:

O Indicador do Nível de Atividade da indústria paulista caiu 5,7% em março, em comparação ao mesmo período de 1998. Em relação a fevereiro, o crescimento foi de 2,67%.

Olha que interessante: se a comparação fosse com o mês anterior, março de 1999 contra fevereiro de 1999, o titulo do artigo poderia ser: nível de atividade da indústria sobe 2,67%.

Mas se a comparação fosse com o mesmo mês no ano anterior, março de 1999 com março de 1998, o título do artigo poderia ser: nível de atividade da indústria cai 5,7%.

Sacou? O título do artigo poderia afirmar que o nível de atividade da indústria subia ou descia, dependendo do ponto de referência. E os dois títulos estariam corretos.

Na mesma palestra eu apresento matéria do Estadão de 1998 onde o presidente da GM dizia que por causa da então crise do mercado, decidira suspender temporariamente investimentos de 4 milhões de dólares. Essa era a manchete: GM SUSPENDE 4 MILHÕES DE DÓLARES EM INVESTIMENTOS. Lá dentro do texto, bem escondido, estava o parágrafo que dizia que “por outro lado, a empresa não vai alterar os planos de construção da nova fábrica em Gravataí, com investimentos de 600 milhões de dólares.”

Suspendia 4 milhões e confirmava 600 milhões. Mas o título era no negativo.

E eu perguntava: o que é uma notícia que, a partir da manipulação de verdades, faz que uma mentira seja aceita como verdade, hein?

E eu dizia: pensei em chamar de ventiras, mas preferi chamar de merdades.

E então eu fazia um discurso sobre como se proteger das merdades.

Mal sabia eu que em 1999 estava tratando das raízes do que, 20 anos depois, seria chamado de fake news.

Mentira com seu veneno
Separa muitos casais
Atira pais contra filhos
E os filhos contra os pais
Vai separando os amigos
E aumentando os rivais
Quem sofre com a mentira
Sabe a dor que ela traz
A cicatriz da mentira
Não desaparece mais

Pois é: mas lá em 1999 havia uma certa inocência nas merdades. Eram simplesmente a manipulação das notícias, colocando o foco numa determinada característica da notícia, fazendo com que ela ganhasse protagonismo e desse o tom. Escolhendo os 4 milhões de corte em vez dos 600 milhões de investimento, o jornal conseguia o impacto que queria.

O fato era verdadeiro, mas não era toda a verdade. Isso aconteceu 20 anos atrás.

Com o tempo, na transição de merdades para fake news, os caras perderam a vergonha, e passaram a não procurar mais atributos verdadeiros para dar-lhes protagonismo. Apelaram para a mentira mesmo, na cara dura.

E é isso o que vemos hoje: mentiras sendo disseminadas como verdades, criando situações inaceitáveis e levando a sociedade a buscar uma forma de dar a isso um basta.

E então que vem o perigo.

Grupos de interesse ligados a partidos, a oligarquias, a setores, a bandidos, incomodados com a liberdade que as mídias sociais trouxeram para a comunicação em sociedade, decidem se aproveitar da indignação contra as fake news para tentar controlar o que pode ser dito.

E começamos a flertar com a censura. A velha e odiosa censura.

Mentira tem perna curta
Mas anda sempre na frente
E inocenta quem tem culpa
E condena um inocente
No lugar por onde passa
Vai espalhando semente
Vai crescendo a cada instante
E ficando mais potente
Só morre no tribunal
Do Supremo Onipotente

“Bom dia, boa tarde, boa noite, Luciano,Ciça, Lalá, todo mundo que ouve o podcast. Meu nome é Felipe, sou de Carmópolis, Minas Gerais, tenho 24 anos e sou dentista. 

Luciano: primeiro velho, eu queria dizer que você não tem noção do quanto você em sido importante na minha vida, cara. Abrindo meus pensamentos, fazendo eu ver tudo de uma forma diferente e tem vezes que eu ouço seu podcast e fico assim: meu Deus, eu não estou sozinho, alguém também pensa assim. Não tá certo isso. E eu fico indignado também, nossa! E é demais cara, saber o poder que a voz tem. A voz. Como pode, algo tão simples, tão natural que a gente nem percebe o poder, o tanto que mexe com a imaginação da gente. E o quando que isso é transformador. Cara! É demais, velho!

Eu só tenho que te agradecer, Luciano. Você melhorou demais a minha vida, a maneira de eu ver o mundo e saber que eu não estou só, que não é só eu que penso assim. Nossa, cara! Muito obrigado, velho! Eu estava ouvindo o seu programa, o último podcast agora sobre o Jabustiça. Meu Deus! Cara! É impressionante os cara!

Os ministros parece que não estão neste planeta. Eu não entendo qual é o sentido disso tudo, sabe. É um estado que inferniza a vida das pessoas, a gente não tem paz. Tudo que você vai fazer é uma burocracia imensa que não leva a lugar nenhum, que só serve pra te atrasar, te levar pra trás. É algo sem condições. Sem condições!

Eu, sinceramente, eu não consigo ver, às vezes, uma luz que possa melhorar. Porque o povo quer mudança. Você conversa com qualquer pessoa, por mais alucinada que às vezes ela seja, todo mundo quer uma mudança. Ninguém concorda, pelo menos, ninguém concorda cem por cento com o que acontece na justiça brasileira, que não prende ninguém, que tenha condições. Só enrola!

E  assim, cara: eu fico sem entender. Porque as pessoas querem mudança mas e aí, governo? Vai fazer o que? Nada, né? 

Mas assim, Luciano: parabéns, cara! Continua. Não deixa de fazer. Eu adoro, principalmente quando você fala desses assuntos que mexe  com as pessoas, que traz bastante confusão, confusão boa, que mexe com o pensamento, cara! É demais! É demais!. Continua! Não para, Luciano. Precisamos de você!”

Rarararara… Grande Felipe! Olha, fique frio, viu cara? Enquanto eu tiver forças – e tesão – vou continuar por aqui incomodando e influenciando, com a voz. E combatendo aquele Estado que inferniza a vida das pessoas, na direção das mudanças, viu? Mas OLha: que quero as mudanças certas.

O Felipe receberá um KIT DKT, recheado de produtos PRUDENCE, como géis lubrificantes e preservativos masculinos. Basta enviar o seu endereço para contato@lucianopires.com.br.

A DKT distribui as marcas Prudence, Sutra e Andalan, contemplando a maior linha de preservativos do mercado, além de outros produtos como anticonceptivos intrauterinos, géis lubrificantes, estimuladores, coletor menstrual descartável e lenços umedecidos. A causa da DKT é reverter grande parte de seus lucros para projetos nas regiões mais carentes do planeta para evitar gravidez indesejada, infecções sexualmente transmissíveis e a AIDS. Ao comprar um produto Prudence, Sutra ou Andalan você está ajudando nessa missão!

facebook.com/dktbrasil.

Vamos lá então!

Hoje tem visitante: vem cá, Tiago.

Luciano: Tiago, na hora do amor, quando o bicho tá pegando, o que é que nunca é mentira?

Tiago – Ah, meu! Fica tudo melhor quando se usa Prudence.

Luciano – Muito bem!

É mentira o que você ouviu
Sérgio Reis

Estou dizendo que é mentira o que ouviu
Eu não deixei de lhe amar quando partiu
Fiquei sozinho muito triste a esperar
Não dê ouvidos a quem quer nos separar

Estou contente em saber que ainda me quer
Simples boato fez você me procurar
Não fique triste vamos pare de chorar
Estou aqui me abrace vamos caminhar

Estou dizendo que é mentira que ouviu
Eu não deixei de lhe amar quando partiu
Fiquei sozinho muito triste a esperar
Não dê ouvidos a quem quer nos separar

Estou contente em saber que ainda me quer
Simples boato fez você me procurar
Não fique triste vamos pare de chorar
Estou aqui me abrace vamos caminhar

Rarararara… olha isso, cara! É mentira o que você ouviu, com Sérgio Reis no álbum Coração de Papel lançado em 1967. Sabe quem é que acompanha ele?  The Fevers.  Cara! Agora eu peguei pesado…

Lalá, Fevers é o máximo, né?

Manda aí o Touro Solitário que é pra gente matar as saudades, vai.

Que tal, hein? Era isso que seus pais e seus avós dançavam nas brincadeiras dançantes dos anos 60 e 70, viu?

Para entender a movimentação dos que querem a censura, segue  um texto de autoria do advogado pernambucano Antonio de Moura (@mouradapedra), que é revelador. Ele diz aassim, ó:

Pessoas físicas jamais podem ser responsabilizadas por criar fake news. E eu explico: fake news é uma notícia comprovadamente falsa emitida por um órgão ou instituição que tem como missão, no ato específico, comunicar (= dar a notícia). Por ex., a Folha de São Paulo divulgou uma notícia falsa ao falar sobre um esquema da campanha de Bolsonaro no WhatsApp: o TSE desmentiu. Ou seja, fake news é aquilo que vem eventualmente pelo órgão institucionalmente incumbido de noticiar os fatos, o veículo. 

Uma pessoa física, ao divulgar uma notícia qualquer, mesmo que depois seja revelada a falsidade, pode ser chamada de fofoqueira, mentirosa ou mexeriqueira, mas jamais ser responsabilizada criminalmente por “divulgar fake news”. Isso seria o fim da vida em sociedade. Isso não significa que pessoas físicas não possam ser responsabilizadas quando cometem crimes contra a honra. Os arts. 138, 139 e 140 do Código Penal estão em plena vigência: tanto para a internet quanto para qualquer outro meio.

Por outro lado, significa definitivamente que o cidadão ABC, ao dizer que acha que XYZ é desleal ou traidor, não está divulgando uma notícia falsa, mas única e exclusivamente dando uma opinião, que pode ser crítica ou não. Da mesma forma, quando alguém repassa eventualmente uma informação recebida (desde que não seja crime) pelo WhatsApp não é divulgador de fake news, pois não é um órgão oficial de notícias, mas tão somente um cidadão que pode, na pior das hipóteses, replicar um boato.

Ora, isso nunca foi crime. Fofoca de pessoas comuns não é crime. Se fosse assim, os programas sobre famosos na TV não poderiam mais passar. Por outro lado, em conversas de amigos, pode-se dizer que Maria está namorando Pedro e isso ser falso. Fake news? Claro que não! Fofoca!

A crítica dura feita pessoal ou virtualmente também não é vedada. Não é permitida a prática de crimes (o CP está aí para isso), mas jamais restou proibida a crítica, seja organizada ou não. Confundir isso maliciosamente chamando de fake news é desonestidade intelectual.

A partir de uma premissa equivocada, querer responsabilizar diversas pessoas é autoritarismo grave. Ademais, para fazer isso só há uma possibilidade: censura. Mas não é algo tão simples, pois o que se busca controlar é o próprio fluxo do conteúdo das manifestações.

“Nem venha, há muita mentira nas redes e isso não pode ser permitido”. Olha! Primeiro, não existe um órgão público ou privado capaz de estabelecer a verdade. Segundo, poucas mentiras são tipificadas criminalmente (dizer que é namorador sem ser, por exemplo, não é crime algum).

Por fim, eu reforço: se a honra de alguém for ofendida, há possibilidade real de punição civil e penal. Não é isso que os “caçadores” de fake news querem. Como estabeleci aqui, é uma falácia dizer que os cidadãos A, B e C espalharam fake news, pois eles sequer podem fazer isso.

O que ser quer, na realidade, é que os únicos órgãos passíveis de responsabilização pela divulgação de fake news (os veículos de imprensa) sejam imunizados de qualquer crítica e possam, quando e como quiserem, espalhar a narrativa que melhor encabreste o fato. Jogo de poder.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, na tentativa de blindar os políticos das críticas dos cidadãos, serve para tentar implantar um sistema totalitário ilimitado em que qualquer crítica ou notícia pode ser tolhida a priori sob o manto da ameaça das fake news.

Assim, esquecendo a disciplina do Código Penal e da Constituição Federal, deixa-se de lado a diferença nítida existente entre fake news, mentira e crime para que tudo que desagrada seja proibido e o debate público vire um simples jogo de elogios fingidos. Por isso, a liberdade nunca correu tanto risco.

A DTI Digital é o dos apoiador do Café Brasil que está ensinando a gente  ser…. ágil! Sua empresa é ágil, é? Cada empresa precisa descobrir o seu próprio caminho para ser ágil! Não existe um único modelo, mas existem princípios, e é isso que os Agilistas trazem para você. Descubra por onde começar a ser ágil, ouvindo o podcast Os Agilistas, que você encontra em todas as plataformas. E também pode seguir pelo Instagram no @osagilistas. Ou então acessando a dtidigital.com.br.

Vai, meu, se mexe! Seja ágil como um agilista!

O texto de Antonio de Moura é um alerta. Que ganha mais importância se eu ajudar você a retornar no tempo, para outubro de 2011, quando uma matéria na Folha de São Paulo dizia o seguinte:

“O PT vai montar uma “patrulha virtual” e treinar milhares para fazer propaganda e criticar a mídia em sites de notícias e redes sociais como Twitter e Facebook. O partido quer promover cursos e editar um “manual do tuiteiro petista”, com táticas para a guerrilha na internet. A ideia é recrutar a tropa a tempo de atuar nas eleições municipais de 2012.

“Vamos espalhar núcleos de militantes virtuais por todo o país”, promete o petista Adolfo Pinheiro, encarregado de apresentar um plano de ação amanhã ao presidente da legenda, Rui Falcão.”

Você está entendendo? Na atual CPMI não se fala mais daqueles MAVs, que atuaram de forma organizada e muito bem financiada nas eleições de 2012, 2014, 2016 e 2018.

E é aquele mesmo Rui Falcão, o chefe dos MAVs de 2011, que está lá na primeira fila da CPMI, dando lições de moral….

Olha, pra nos protegermos das fake news, primeiro temos de aprender a identificá-las.

Fake news são FUNDAMENTADAS: existe algum fundamento, alguma lógica nelas? É o que eu chamo do Fenômeno do Saci Pererê. A gente sabe que não existe, mas sempre tem alguém que conhece alguém que diz que viu. Tem fragmentos de verdade aqui e ali, construções que aparentam ter lógica e colocam você em dúvida. É isso que basta. Plantar a semente da dúvida. Pô meu, se essa informação tem alguma lógica, deve ser verdade. Vou compartilhar!

Fake news são ESCANDALIZADAS. As fake news têm manchetes escandalosas, com apelo à emoção, chocantes. Manchetes assim desarmam nosso senso crítico, aguçam a curiosidade e fazem com que saiamos buscando por mais informações, acessando mais posts, e dando mais audiência para elas.

Fake news são ESPALHADAS. Você começa a ver a notícia por todos os lados, em empresas jornalísticas, sites e blogs, nas mídias sociais, no Whatsapp enviado pela tia, no e-mail recebido de um amigo, e assim tem a impressão de que todo mundo está falando disso. E pra não ficar de fora, você fala também, compartilhando e ajudando a aumentar a impressão de que aquele é um tema dominante, portanto, verdadeiro. Entendeu?

Notícias impactantes, com alguma lógica e espalhadas por todos os canais têm grande potencial para serem fake news.

O que fazer então? Primeiro, NÃO COMPARTILHE. Quebre a corrente.

Segundo, coloque a manchete no Google acompanhada do termo “boato” e veja no que dá.

Terceiro, devolva a mensagem para quem lhe enviou apontando a fonte que mostra que aquilo não é verdade. Fake news são como ervas daninhas, não se combate apenas aparando.

Tem de arrancar pela raiz.

Mas lembre-se: nossa liberdade nunca correu tanto risco…

Entendeu o que estão tentando fazer os oportunistas? Essa CPMI das fake news é lobo em pele de cordeiro. Palanque para malucos e autoritários que rasgam a Constituição enquanto a exibem como estandarte.  A tropa de ataque é repleta dos mesmos mentirosos de sempre, se fazendo de caçadores de mentirosos. E também de ressentidos que perderam suas boquinhas e agora querem controlar eu, você e a internet.

Pega na mentira
Erasmo Carlos

Zico tá no Vasco, com Pelé
Minas importou do Rio, a maré
Beijei o beijoqueiro na televisão
Acabou-se a inflação
Barato é o marido da barata
Amazônia preza a sua mata
Tá Tá Tá…

Pega na mentira
Pega na mentira
Corta o rabo dela
Pisa em cima
Bate nela
Pega na mentira…

Já gravei um disco voador
Disse a Castro Alves seu valor
Em Copacabana não tem argentino
Sou mais moço que um menino
Vi Papai Noel numa favela
O Brasil não gosta de novela…

Sônia Braga é feia, não é boa
Já não morre peixe, na Lagoa
Passa todo mundo no vestibular
O amor vai se acabar
Carnaval agora é um dia só
Sem censura e guaraná em pó
Pó Pó Pó…

É assim então, ao som de Pega na mentira, com Erasmo Carlos em 1981, que vamos caminhando para o final deste episódio.

Olha, eu vou repetir aqui o que eu dizia naquela palestra de 20 anos atrás. Qual é o nosso papel como caçadores de fake news, hein?

É simples. Sempre que você se deparar com aquela notícia escandalosa, que toma conta de todos os canais de comunicação, fique esperto. Tem toda cara de ser merdade. Faça o que deve ser feito: chute-a para debaixo da mesa, não dê a ela espaço, não dê repercussão, avise quem mandou, distribua a contra informação.

Não seja você também um espalhador de merdades.

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí ó, completando o ciclo.

De onde veio este programa tem muito mais, especialmente para quem assina o cafebrasilpremium.com.br, que agora está com aplicativos para IOS e Android, você não pode perder. É a nossa “Netflix do Conhecimento”, onde você tem uma espécie de MLA – Master Life Administration. Então acesse cafedegraca.com e experimente o Premium por um mês, sem pagar.

O conteúdo do Café Brasil pode chegar ao vivo em sua empresa através de minhas palestras. Acesse lucianopires.com.br e vamos com um cafezinho ao vivo.

Para o resumo deste programa, acesse portalcafebrasil.com.br/695.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

Para terminar, uma frase do jornalista e âncora da rede ABC News, David Muir:

Penso que há um perigo com relação a fake news, porque elas estão por aí, mas também há um perigo quando você só ouve opiniões nas quais acredita.