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O Brasil deu certo?

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Luiz Alberto Machado - Iscas Econômicas -

Nem otimismo exagerado, nem catastrofismo

“Não é possível que uma economia que fez com que a renda média
real da sociedade dobrasse em 17 anos esteja à beira do abismo,
mesmo que os resultados nos últimos três anos sejam decepcionantes.”
Luiz Carlos Mendonça de Barros

 

Na última semana de agosto, a Faculdade de Economia da FAAP, que está completando 40 anos, realizou a sua tradicional Semana da Economia, reunindo destacados nomes dos cenários econômico, político, empresarial e acadêmico.

Logo no primeiro dia do evento, alunos e professores tiveram oportunidade de assistir ao documentário O Brasil deu certo. E agora?, idealizado pelo ex-ministro Maílson da Nóbrega e dirigido por Louise Sottomaior.

No documentário, 3 ex-presidentes da República, 12 ex-ministros de Estado, 7 ex-presidentes do Banco Central, empresários e especialistas em finanças relatam a história da economia brasileira e refletem sobre o presente e o futuro do País.

Na sequência os presentes puderam debater por aproximadamente uma hora com o próprio Maílson da Nóbrega, com a moderação do Prof. Roberto Macedo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda na gestão do ministro Marcílio Marques Moreira.

O documentário tem um título que estimula o debate ao conter a afirmação “O Brasil deu certo”. E isso ele consegue sem qualquer sombra de dúvida. Afinal, como diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Deu certo mesmo? Isso depende do que cada um considera o que é dar certo”.

Poucos dias antes, na cerimônia de colação de grau dos formados em Economia e em Relações Internacionais da FAAP, uma das coisas que chamou a atenção tanto do embaixador Rubens Ricupero como a minha, foi a afirmação de quase todos os discursos de oradores, paraninfos e patronos de que o Brasil vive tempos turbulentos.

Ricupero e eu estranhamos tal posição – praticamente consensual, diga-se de passagem. Afinal, num país que por mais de duas décadas prevaleceu um cenário que combinava estagnação, inflação crônica e elevada, além de razoável instabilidade política, dizer que vivemos tempos turbulentos porque o crescimento econômico permanece abaixo do seu potencial e porque a inflação insiste em se manter próxima do limite superior da meta parece-nos certo exagero. Estamos falando de uma inflação anual de aproximadamente 6,5%, quando chegamos a conviver por muitos meses seguidos com taxas de dois dígitos e em 1992 e 1993 a inflação anual atingiu quatro dígitos.

Colocar a situação numa perspectiva histórica adequada, no entanto, não significa que a situação está ótima e deixa de merecer cuidados. Longe disso. Mas não há razão para alarmismo ou catastrofismo, como alguns chegam a alardear.

A propósito, gostaria de continuar este artigo chamando atenção para uma notícia divulgada nos últimos dias de julho, que, lamentavelmente não teve a repercussão que merecia. Trata-se da divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios brasileiros (IDHM), que registrou um avanço de 47,8% em 20 anos.

Como afirma Lisandra Paraguassu, em matéria publicada em O Estado de S. Paulo: “De um País dominado por municípios que não conseguiam nem mesmo alcançar um desenvolvimento médio – mais de 80% eram classificados, em 1991, como muito baixo – o Brasil hoje chegou a 1/3 altamente desenvolvido”. E mais, acrescenta a jornalista: “As boas notícias, no entanto, poderiam ser ainda melhores se o País tivesse começado a resolver antes o seu maior gargalo, a Educação. Dos três índices que compõem o IDHM, é esse que puxa a maior parte dos municípios para baixo”.

Feito com base nos dados do Censo de 2010, o IDHM tornou mais rígida a avaliação das cidades brasileiras na área de Educação, exatamente o indicador que bloqueia o avanço ainda maior das nossas cidades. Depois de 20 anos, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) avaliou que já não bastava mais ao Brasil ter adultos apenas alfabetizados e colocar as crianças na escola. É preciso avaliar formação e fluxo escolar.

Nesse sentido, o IDHM Educação passou a cobrar também a proporção de brasileiros que completaram o ensino fundamental e o percentual de crianças e jovens na escola em diversas faixas etárias. Dos 5 aos 20 anos.

Os três indicadores usados pelo IDHM – Educação, Saúde e Renda – são os mesmos do IDH Global, divulgado todos os anos pelo PNUD. Nos dois últimos, o critério para formar o indicador também é o mesmo: expectativa de vida ao nascer e renda per capita. Em Educação, no entanto, o indicador global também é diferente. Os números mundiais usam uma composição da média de anos de estudo da população com mais de 25 anos e os anos esperados de estudo. Não é possível, por isso, comparar dados do Brasil com ouro país, pois são medidas diferentes, segundo Daniela Pinto, coordenadora do estudo pelo PNUD.

O ex-ministro das Comunicações do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros lamenta, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, que a notícia do aumento dos índices de IDH dos municípios do Brasil tenha “durado apenas o tempo de uma flor de manacá”, e destaca que “os números são impressionantes e mostram um país que passa de uma posição vergonhosa no campo de desenvolvimento social para a companhia de sociedades mais justas e ricas”.

Com base em tudo isso, concluo o artigo com duas observações. A primeira, já mencionada, diz respeito ao despropósito do clima de desastre que tomou conta de parte dos agentes econômicos e analistas nos últimos meses. A segunda, é que se não deu certo ainda, está num bom caminho. E esse bom caminho, ao contrário do que tem afirmado a presidente Dilma Rousseff em diversos de seus pronunciamentos, não começou a ser trilhado há 10 anos, com a chegada de Lula à presidência da República, mas um bom tempo antes. Chega a ser ridículo deixar de considerar para os avanços verificados fatores como a redemocratização, o promulgação de uma nova Constituição, a abertura da economia e a conquista da estabilidade obtida com o Plano Real.

Iscas para ir mais fundo no assunto

Recomendações e indicações bibliográficas

KANITZ, Stephen. O Brasil que dá certo: o novo ciclo de crescimento 1994-2005. São Paulo: Makron, 1995.

MENDONÇA DE BARROS, Luiz Carlos. É o crescimento da renda, estúpido! Folha de S. Paulo,

PARAGUASSU, Lisandra. IDHM avança 47%, mas ‘freia’ na Educação. O Estado de S. Paulo, 30 de julho de 2013, p. A 15.

Recomendação cinematográfica

O Brasil Deu Certo. E Agora?

Idealização: Maílson da Nóbrega
Direção: Louise Sottomaior
Com depoimentos de: Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello, José Sarney, Maílson da Nóbrega, Delfim Netto, Pedro Malan, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Sergio Amaral, Ozires Silva, Luiz Carlos Bresser Pereira, Roberto Setúbal, Roberto Teixeira da Costa e outros
Gênero: Documentário
Nacionalidade: Brasil
Duração: 70 minutos

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