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Artigos Café Brasil
Corrente pra trás
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O que vai a seguir é um capítulo de meu livro ...

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O que é um “bom” número de downloads para podcasts?
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A Omny Studio, plataforma global na qual publico meus ...

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O campeão
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O potencial dos microinfluenciadores
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O potencial das personalidades digitais para as marcas ...

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Café Brasil 922 – A escolha de Neo
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O livro "A Praça e a Torre: Redes, Hierarquias e a Luta ...

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LíderCast 318 – Sidney Kalaes
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Hoje recebemos Sidney Kalaes, franqueador há mais de 30 ...

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LíderCast 317 – Felipe Folgosi
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Hoje recebemos Felipe Folgosi, ator, roteirista e autor ...

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LíderCast Especial Ozires Silva – Parte 2
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LíderCast Especial Ozires Silva – Parte 1
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Café na Panela – Luciana Pires
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Percepções opostas sobre a Argentina
Luiz Alberto Machado
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Percepções opostas sobre a Argentina “A lista de perrengues diários e dramas nacionais é grande, e a inflação, com certeza, é um dos mais complicados. […] A falta de confiança na ...

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Economia + Criatividade = Economia Criativa
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Economia + Criatividade = Economia Criativa Já se encontra à disposição no Espaço Democrático, a segunda edição revista, atualizada e ampliada do livro Economia + Criatividade = Economia ...

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Daniel Kahneman, a economia e a psicologia
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Daniel Kahneman, a economia e a psicologia   “O trabalho de Kahneman é realmente monumental na história do pensamento”. Steven Pinker (Entrevista em 2014 ao jornal The Guardian) ...

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Oppenheimer e a Bomba
alexsoletto
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Cafezinho 619 – Don´t make stupid people famous
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Cafezinho 917 – Mais pedras no lago
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Essa tal brasilidade

Essa tal brasilidade

Luciano Pires -

Preparei uma edição do podcast Café Brasil chamada EM BUSCA DA BRASILIDADE, que começa com um texto de Affonso Romano de Sant’Anna publicado num relatório anual do Banco do Brasil lá na antiguidade, em 1997. Affonso traz uma fascinante perspectiva de como determinados temas vão alterando o conceito de “brasilidade” ao longo da história, especialmente em três instantes específicos: o da defesa da territorialidade, o da expectativa imperial e o da consciência nacionalista. E comenta questões como a defesa das minorias nos anos oitenta, a chegada da globalização e da internet, etc. O texto pode, ou melhor, deve ser lido em www.portalcafebrasil.com.br/dlog.

É um exercício fascinante olhar para o Brasil vinte anos depois daquele texto de 1997 e perceber que continuamos a discutir territorialidade, não mais na disputa com nossos vizinhos, mas internamente. Seja na demarcação de terras indígenas, como a reserva Raposa do Sol, ou com os sem-teto das grandes cidades, com o crescimento das favelas ou com a sempre presente questão da reforma agrária com seus MSTs, é impossível pensar a brasilidade sem a perspectiva da territorialidade.

E as minorias excluídas? Seria possível imaginar trinta anos atrás uma parada gay com 4 milhões de pessoas, a marcha da maconha ou o casamento homossexual sendo aprovado pelo STF?

Globalização? Internet? Putz…

Somemos a questão política, o fim da divisão entre esquerda e direita, a completa falta de programas ideológicos que definam os partidos, a comercialização da política… E bote mais, bote a presença cada vez mais constante da mídia em nossas vidas e junte ao desmanche do sistema educacional, ao sucateamento das disciplinas humanas, ao crescente individualismo e consumismo, ao domínio dos marqueteiros e pronto!
Que cazzo é “brasilidade” hoje? Será a mistura de índio com português e negro? Mas depois de quase duzentos anos de influência japonesa, sirio-libanesa, judaica, norte-americana, espanhola, francesa, italiana, alemã, e tantos outros? Depois dos automóveis indianos, poloneses e mexicanos? Dos calçados chineses? Do sushi, do download, do site e do upgrade? E depois dos McDonalds, do rock’n roll, do funk, do hip hop, dos videogames, do sertanojo e breganejo? E depois da Lady Gaga? 

Meu, que caldeirão!

O que é a “brasilidade” neste mundo conectado, único e totalmente interdependente? Será que só a encontraremos no meio do pantanal do Mato Grosso, nos confins dos pampas gaúchos ou embrenhada na selva amazônica? Mas mesmo lá dá pra assistir a entrega do Oscar por televisão via satélite! 

E aí, o que é “brasilidade” pra você? É feijoada, futebol, mulher e carnaval? É o jeitinho? É o Macunaíma? Ou é outra coisa? 

Será que ainda existe essa tal “brasilidade”?

Pronto. Tá feita a pergunta.

Luciano Pires