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Escrever rasoavel é errado, mas…

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Luciano Pires -

Ando cismado com o “mas”, aquela conjunção coordenativa adversativa que liga duas orações ou palavras e expressa a ideia de contraste, de diferença. Olha só:

“FHC saneou o sistema bancário, corrigindo problemas históricos que impediam o desenvolvimento do Brasil, e Lula ampliou políticas sociais que fizeram com que o país evoluísse ao longo da primeira década do milênio.”

Agora com uma pequena mudança:

“FHC saneou o sistema bancário, corrigindo problemas históricos que impediam o desenvolvimento do Brasil, mas Lula ampliou políticas sociais que fizeram com que o país evoluísse ao longo da primeira década do milênio.”

Notou diferença? No primeiro enunciado, um ““e”” significa que FHC e Lula estão juntos no trabalho de desenvolvimento do país. No segundo enunciado, aquele “mas” anuncia que Lula é o único responsável pela evolução do Brasil. A diferença entre os dois enunciados é a troca do ““e”” pelo “”mas””.

“O brasileiro Neymar é o mais habilidoso jogador de futebol do mundo e o argentino Messi é o que mais faz gols.” Opa! Quero os dois no meu time!

“O brasileiro Neymar é o mais habilidoso jogador de futebol do mundo, mas o argentino Messi é o que mais faz gols.” Humm… Prefiro o Messi no meu time.

Eu tinha um colega de trabalho que respondia a todos os argumentos que ouvia com um “”Sim, mas...” Era irritante, ele nem precisava continuar, todos sabiam que o “sim” era apenas uma forma de atenuar a discordância anunciada pelo “mas”.

Mas o “mas” como oposto, como contraste, conhecemos de sobra. O problema é que nestes tempos de pandemia de mentiras, o “mas” vem ganhando outras dimensões. Passou a ser aquilo que chamo de Conjunção Coordenativa Escusativa.

De novo: Conjunção Coordenativa Escusativa. “Os mensaleiros meteram a mão no dinheiro público, mas foi por uma boa causa.” “O MST invadiu e destruiu a fazenda, mas aquelas terras são consideradas improdutivas.” “A corrupção no governo da Dilma é imensa, mas no governo de FHC também era.” Lula falou um monte de coisas censuráveis nas escutas, mas o juiz não podia tê-las divulgado.

O “mas” como Conjunção Coordenativa Escusativa prepara a escusa, a desculpa. Transfere responsabilidades para terceiros, justifica desmandos, atenua consequências e torna normal e aceitável aquilo que deveria ser rechaçado por imoral, ilegal e desonesto. E então temos o

“”roubou, mas quem não roubou antes?””,

““A boate pegou fogo, mas os que morreram sabiam que era um local arriscado””;

““A moça foi estuprada, mas estava usando uma saia curtíssima””;

““O sujeito morreu no assalto, mas estava usando um relógio Rolex e dirigindo com o vidro aberto””;

““Osama Bin Laden jogou dois aviões nas torres gêmeas, mas Bush invadiu o Afeganistão””;

““Ainda morrem presos políticos em Cuba, mas lá todas as crianças estão na escola””, e assim vai.

Entendeu? O ““mas”” como Conjunção Coordenativa Escusativa funcionando como uma espécie de compensação, que livra a cara dos criminosos.

Se você gosta de usar o “mas”, preste bem atenção para não usar como desculpa. Jamais perca de vista que quem escolhe, defende e protege o ruim porque antes era pior, continua escolhendo o ruim.

Mas tem gente que nem percebe…